O modelo da CIF na perspectiva do Conceito Bobath

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Camilla Montoril

 

 

O terapeuta com formação no conceito Bobath considera de forma específica e cuidadosa todos os domínios apresentado no modelo da CIF (Classificação Internacionacional de Funcionalidade) e suas relações. Hipóteses são feitas durante a avaliação, coleta de dados, planejamento de tratamento e em cada sessão de intervenção. Ele analisa as funções e estruturas corporais, separando as questões gerais de postura e movimento (multissistêmicas) de questões de sistema único (unissistêmicas). Também considera e analisa o impacto dos fatores contextuais (ambientais e pessoais) em cada um dos domínios.

O indivíduo está no centro de todo o processo de coleta de dados e avaliação, como visto na imagem acima. Ao usar o “Modelo NDT”, o terapeuta se move para fora do esquema considerando os três lados do triângulo. Inicialmente, coleta informações sobre os domínios sociais e individuais, anotando exemplos específicos de participação/restrição de participação e atividades/atividades limitadas relatadas e observadas. A avaliação então passa para a parte mais detalhada da linha de fundo do triângulo, ou seja, estruturas e funções corporais, salientando que nenhum lado deste triangulo existe isoladamente. A avaliação e a intervenção baseiam-se na interação permanente destes três elementos. O terapeuta então avança no processo de resolução de problemas, como visto no quadrado da imagem, para considerar a influência dos fatores contextuais (pessoais e ambientais) em cada um dos domínios individualmente e também no grupo interativo (o triângulo).

 

 

A prática do Conceito Bobath é então representada pelo círculo, pois engloba como o terapeuta faz a coleta de dados, a observação das capacidades funcionais, nível de atividade /participação , aplicação de testes específicos, e prioriza no raciocínio clinico as informações obtidas intervindo dentro de todos os domínios e fatores contextuais.

Se usarmos um exemplo de Paralisia Cerebral

 

Temos a fisiopatologia levando a impedimentos primários no sistema neuromuscular, e em outros sistemas como o sensorial, cognitivo , perceptual e regulatório, etc.

Para maioria dos pacientes, é difícil recrutar unidades motoras, sendo mais evidente e verdadeiro para unidades motoras posturais e assim uma criança com Paralisia Cerebral pode apresentar uma condição de hipotonia global e esse impedimento leva a uma condição de postura , controle e coordenação de movimentos ineficazes.

Exemplo : A criança quando colocada em prono, apresenta dificuldade em manter a postura contra a gravidade e o controle da cabeça é pobre sendo difícil elevar a cabeça da superfície.

Essa postura e o movimento ineficiente contribuem para uma limitação das atividades funcionais levando a dificuldades na rotina. A criança pode não conseguir rolar para se reposicionar no berço ou permanecer sentada com as mãos livres para brincar. Essa limitações da atividade podem levar a restrições de participação, por exemplo, Os bebês não conseguem rolar sozinhos para brincar ou manterem a cabeça elevada para alimentação o que dificulta serem alimentados pela babá e/ou para frequentar uma creche.

Por outro lado, as limitações de atividades e restrições de participação levam a posturas e movimentos ineficazes ocasionando impedimentos secundários (compensações e fixações) que podem contribuir para limitações adicionais de atividades e restrições de participação. Esse ciclo vicioso pode continuar ao longo do tempo e pode levar mais domínios da CIF a se modificarem.

 

Conclusão

Portanto, quando os terapeutas intervém, devem levar em consideração todos os domínios descritos na CIF. O resultado almejado é que cada indivíduo desenvolva atividades funcionais em contextos de vida significativos. A capacidade de participar mais plenamente está ligada ao desenvolvimento de posturas e movimentos mais eficazes evitando o desenvolvimento de impedimentos secundários. Por esta razão, o terapeuta busca aumentar a independência, mas também desenvolver posturas e movimentos eficazes para evitar impedimentos secundários, que ao longo do tempo podem limitar tanto as atividades funcionais quanto a participação. Obviamente, para ser mais eficaz na intervenção, todos os domínios e todas as subcategorias devem ser abordadas e gerenciadas. Este processo único está no centro do Modelo de Prática do Conceito Bobath.

 

Fonte: Neuro-Developmental Treatment: A Guide to NDT Clinical Practice
Author: Judith C. Bierman, Mary Rose Franjoine, Cathy M. Hazzard, Janet M. Howle, Marcia Stamer

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